Por que veganos não comem mel?

Você sabia que veganos não consomem mel? Muitas pessoas não param para pensar nisso, mas o mel é de origem animal, e muito importante para as abelhas. Nesse artigo, tratamos da visão vegana acerca do alimento, e como substituí-lo em suas refeições!
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Muitas pessoas não param para pensar nisso, mas o mel é de origem animal, e muito importante para as abelhas. Nesse artigo, tratamos da visão vegana acerca
Colmeia de abelhas produzindo mel

No dia 20 de maio é comemorado o Dia Mundial das Abelhas! Esta data, celebrada desde o ano de 2018, foi proclamada pela ONU para enfatizar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável.

O mel é importantíssimo historicamente, usado até como ingrediente no fluido para embalsamento, em doces e queijos ao longo da história. Tem sido, também, relacionado a uma série de benefícios para a saúde, em decorrência dos antioxidantes que comprovadamente ajudam a baixar a pressão arterial, por exemplo.

Hoje, trouxemos uma discussão em pauta no mundo do veganismo, que trata da importância das abelhas e sua relação com o veganismo. Você sabe os motivos pelos quais a maior parte dos veganos não comem mel?

É senso comum que as pessoas adeptas ao veganismo não consomem animais, tampouco produtos derivados dos mesmos. Seguindo esse raciocínio, como o mel é proveniente das abelhas, ele também entra para esta lista de produtos que os veganos não comem.

Mas nem todos os veganos seguem essa linha, sabia? Alguns optam por incluir mel colhido de forma artesanal e consciente em suas dietas. É um assunto polêmico, mas podemos simplificar: Os veganos tentam evitar ou minimizar todas as formas de exploração animal, incluindo a das abelhas. Como resultado, a maioria dos veganos exclui o mel de suas dietas.

Esse assunto se mostra bastante controverso para os não-veganos, que muitas vezes não entendem a motivação para evitar o consumo do mel, já que ele não vem "diretamente" das abelhas (como o leite vem da vaca, por exemplo).

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Abelha polinizando uma flor amarela

Alguns fatos importantes

Quando as abelhas vão polinizar as flores, elas transportam parte do pólen da parte masculina para a parte feminina da flor. Isso permite que ela reproduza sementes e frutos. Ou seja, as abelhas são de suma importância para a agricultura e o ecossistema.

Existem mais de 90 milhões de colmeias espalhadas pelo mundo. Apesar do mel depender da sobrevivência das abelhas, a produção do mesmo é um vasto mercado multimilionário e sua população está diminuindo.

Além disso, de 2000 espécies de abelhas silvestres na Europa, uma em cada dez enfrenta a extinção, afirma a Soil Association.

Uma grande quantidade de frutas e legumes não poderia crescer sem elas, afirma a professora Johanna Brunet. Os humanos dependem de plantas, e as plantas dependem de polinizadores. Um equilíbrio deve ser mantido para sustentar a vida na terra e proteger a sobrevivência e a saúde humana", diz ela.

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Verdades desconfortáveis sobre a fabricação de mel

Embora possa parecer desnecessariamente dogmático evitar o consumo de algo tão aparentemente inocente, existem muitas verdades sobre o mel que evitamos discutir.

Para o mel ser produzido, as abelhas colhem o néctar das flores e, depois de passar por ações enzimáticas, tem-se o mel, que é depositado no interior da colmeia.

Curiosidade: a sociedade das abelhas é complexa e organizada! Cada uma delas, seja a abelha rainha, os zangões ou as operárias, possui seu devido papel e importância na colmeia.

Ocorre que, quando desejado, seja para aumentar a produção de mel e o lucro, há interferência humana na vida das abelhas como: matar a abelha rainha quando seu potencial produtivo está ruim, matar os zangões quando já atingiram seu objetivo e estão interferindo na produção do mel, entre outras atividades de manipulação das colmeias.

A extração comercial do mel implica no trabalho excessivo das abelhas para produzir para seu estoque invernal de alimentos a partir do néctar que elas coletam das árvores e plantas, que então é substituído por uma solução de água e açúcar.

Essa prática é prejudicial, não só por privar as abelhas do seu próprio alimento, mas também por explorá-las a produzir mais e mais para satisfazer os consumidores e gerar lucro.

Infelizmente, é uma técnica comum na apicultura em larga escala, e poderia ser evitada caso houvesse mel o suficiente para as abelhas consumirem durante o período de inverno. Mas, escolhe-se priorizar os lucros comerciais acima do bem-estar das abelhas.

Porque a água com açúcar é carente de nutrientes, sem o escudo essencial antibiótico que o mel fornece as abelhas tendem a ficar mais suscetíveis a doenças. Isso é um dos fatores determinantes pelas crises de declínio populacional das abelhas, e as desordens e colapsos de diversas colônias.