Slow food: Entenda sobre o movimento e seus benefícios à saúde
Você já parou para pensar que o alimento que você ingere envolve aspectos políticos e culturais?
É isso que sugere o movimento slow food.
Na contramão de uma sociedade cada vez mais globalizada, o slow food se propõe a fazer o contrário, valorizando o produtor e a cultura envolvida em cada grão de alimento colhido na terra.
Entre as várias iniciativas propostas pelo movimento, estão:
- a divulgação de alimentos que podem sumir;
- a valorização da cultura alimentar;
- o respeito à natureza e à diversidade local;
- a valorização de processos mais humanizados;
- a busca por uma alimentação saudável e o tempo de qualidade despendido nela.
Ficou curioso e quer saber mais? Vem com a gente!
O que é slow food?
O slow food é um movimento que preza pela alimentação saudável, sustentável e consciente.
Ao contrário do fast food, este movimento preza pela “alimentação lenta”, traduzido ao pé da letra.
Ou seja, segundo o que prega o movimento, além de comer bem também é necessário passar um tempo de qualidade se alimentando.
Conseguiu compreender o conceito?
Além disso, ele incentiva também as práticas saudáveis da agricultura, valorizando o agricultor e toda a cadeia de produção.
O alimento proveniente do slow food é justo com o planeta, com as pessoas e está pronto para ser saboreado por quem valoriza todo esse processo.
História do slow food
O movimento – que também é uma ONG – foi criado pelo italiano Carlo Petrini em 1986 e se espalhou pelo mundo.
Hoje, possui parceria com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), com o governo brasileiro e com várias outras entidades internacionais.
A sede fica na Itália, mas uma filial latino americana está prevista para ser aberta no Brasil, que é um espaço de importância para o movimento, devido à sua participação na agricultura mundial.
Qual a filosofia do Slow Food?
O Slow Food Brasil é o atual responsável pelas parcerias e incentivos ao movimento no país.
Valorizar alimentos que sejam bons, limpos, justos e para todos. Esse é o lema que resume um pouco da filosofia do movimento.
Bom: alimento fresco, de qualidade, resultado do trabalho de pequenos produtores.
Limpo: produzido em meio a práticas sustentáveis, que não prejudicam o meio ambiente.
Justo: preço justo e com condições dignas, livre de exploração humana, animal e ambiental.
Para todos: esforço coletivo para superar os desafios de acesso a alimentos de qualidade para todos.
Benefícios do slow food
Os benefícios do slow food são fáceis de mensurar.
Um dos principais é o de melhorar a relação entre as refeições e as pessoas. Afinal, comer deve ser um ato de prazer e bem-estar para todos.
Além dos benefícios à saúde, com uma alimentação nutritiva e de qualidade, a organização beneficia também o planeta.
Enquanto na produção em massa, a nossa relação cultural e de afeto com a comida se perde em meio à indústria, o slow food busca manter esse laço e a nossa identidade cultural em relação ao planeta e à natureza.
De acordo com o conceito, se alimentar de maneira saudável e consciente torna as pessoas mais felizes.
O movimento beneficia também a economia local, já que o consumo é feito dos produtores da região.
Leia também: Alimentação Vegana: Tudo o que você precisa saber
Como colocar o slow food em prática no dia a dia?
Agora que você entendeu o que é slow food e quais os seus benefícios, deve estar se perguntando como colocar isso em prática.
Vivemos uma vida corrida e, de fato, é muito mais fácil pedir aquele lanche rápido na esquina do que pensar e planejar uma alimentação consciente.
Colocar a alimentação consciente em prática exige um pouquinho de esforço, não há como negar, mas desenvolver essa consciência coletiva é o primeiro passo para começarmos a mudar a nossa maneira de agir.
Em casa
Planejar a alimentação é o primeiro passo. Saber o que comer, de onde comprar o alimento e preparar as refeições com cuidado fazem parte deste processo.
Procure feiras de produtores locais na sua cidade ou no seu bairro. E lembre-se: o objetivo não é comer por comer e sim considerar a alimentação como uma parte importante do seu dia.
Claro que é possível tornar esse processo um pouco mais prático, por exemplo, preparando com antecedência, fazendo porções congeladas e sempre aproveitando o máximo dos alimentos.
Mas tente enxergar o preparo como parte do processo e passe a desenvolver gosto por ele.
Leia também: Como ter uma horta em casa: dicas para iniciantes
Fora de casa
Para se alimentar fora de casa, você possui dois caminhos. O primeiro é preparar a sua comida com antecedência para levar ao trabalho.
A segunda é procurar restaurantes slow food adeptos ao movimento.
Dessa forma, você sabe que está consumindo com consciência ambiental e ajudando a fortalecer algo que acredita.
Como a Portal Vegano pode te ajudar com o slow food?
Veganos e vegetarianos, em geral, já possuem essa preocupação com o alimento naturalizado em seu dia a dia.
De certa forma, os movimentos se interseccionam em alguns pontos e faz todo sentido caminharem juntos.
Um dos objetivos do Portal Vegano, inclusive, se assemelha ao princípio da democratização de alimentos proposto pelo slow food.
Isso porque o nosso objetivo é facilitar o acesso a alimentos veganos em todo o Brasil de forma descomplicada.
Para isso, fazemos parcerias com marcas responsáveis e conscientes.
Você já conhece a nossa plataforma?
Conclusão
Comer bem deveria ser prioridade no nosso dia a dia.
Em vez disso, nos sujeitamos a comer uma comida rápida, de qualidade duvidosa e que pouco valoriza produtores e funcionários envolvidos no processo de feitio.
O slow food é exatamente o oposto disso tudo. O movimento propõe que valorizemos o nosso alimento, o tempo destinado à alimentação no nosso dia a dia e toda a cadeia de produção envolvida.
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